terça-feira, 5 de novembro de 2019

atividade científica

A atividade científica mais importante é o estabelecimento de teorias. Teorias sistematizam o conhecimento adquirido e possibilitam o seu crescimento dedutivamente. (...) Os conceitos teóricos são as peças utilizadas para a construção de uma teoria. As afirmações conectam estes conceitos, formando uma estrutura mais ou menos coerente, ou seja, estabelecem relações entre eles. (...) A parte mais importante de uma teoria é, sem dúvida, as afirmações que podem possuir diferentes status metodológicos e gnosiológicos. No nível científico mais baixo estão os registros, que apenas fixam observações individuais. Eles são muito importantes no início de uma pesquisa, quando se estabelece a existência de um fenômeno, e na conclusão da pesquisa, quando se examinam as teorias. As generalizações empíricas (indutivas) possuem um status um pouco mais alto, substituem vários registros e também inferem algo sobre objetos não observados. Elas estão presentes em todos os estágios de pesquisa, mas, acima de tudo, elas predominam nas pesquisas imaturas onde não é possível estabelecer afirmações de forma dedutiva. Afirmações desta sorte constituem grande parte da linguística atual: todas as regras gramaticais e fonológicas, toda linguística gerativa e a maior parte da linguística histórica consistem em generalizações empíricas de diferentes níveis de abstração. As generalizações empíricas são, em grande parte, afirmações confirmadas, mas que faltam referenciar uma teoria. Elas são em verdade hipóteses trazidas pela indução. Em pesquisas mais desenvolvidas, as hipóteses também são obtidas dedutivamente, a partir de axiomas ou leis. Tais afirmações obtidas pela dedução são chamadas hipóteses ou hipóteses substanciadas. A vantagem reside no fato de que elas estão inseridas em um sistema de afirmações válidas e, portanto, são elas também válidas. A desvantagem é não serem confirmadas no empiricismo, o que geralmente é difícil. Se essas hipóteses forem confirmadas, elas ganham o status de lei. Leis são hipóteses bem fundamentadas e confirmadas. Uma generalização empírica nunca poderá se tornar uma lei, a menos que sejamos capazes de derivar de uma teoria uma hipótese correspondente a ela. Nas ciências empíricas esta é a forma mais comum de pesquisa: observações são feitas sob o pano de fundo de uma ‘teoria’ ainda embrionária, vaga e não formalizada, levando a generalizações empíricas, para a qual uma teoria correspondente é construída. Sem o estabelecimento de leis, um conjunto de afirmações dificilmente poderá ser chamado de teoria. Por esta razão hoje não podemos falar na existência de uma teoria da linguagem, teoria gramatical, e assim por diante. A maioria dos conceitos linguísticos, embora bem complicados, consiste em uma gama de generalizações empíricas. (Altmann & Schwibbe, 1989, p. 1)

original:
“Die wichtigste wissenschaftliche Tätigkeit ist das Aufstellen von Theorien. Theorien systematisieren das erworbene Wissen, und sie geben die Möglichkeit, es deduktiv zu vermehren. (...) Die Bausteine einer Theorie sind theoretische Begriffe, und den Mörtel bilden Aussagen, die diese Begriffe zu einem mehr weniger fest zusammenhängenden Gerüst verbinden, d.h., zwischen ihnen Beziehungen herstellen. (...) Der wichtigste Teil einer Theorie sind ohne Zweifel die Aussagen, die unterschiedlichen methodologischen und gnoseologischen Status aufweisen können. Auf der niedrigsten wissenschaftlichen Stufe stehen die Protokollsätze, die lediglich einzelne Beobachtungen fixieren. Sie sind sowohl zu Beginn der Forschung, wenn die Existenz von Erscheinungen festgestellt wird, als auch beim Abschluß der Forschung, wenn man Theorien überprüft, sehr wichtig. Einen etwas höheren Status besitzen empirische (induktive) Generalisierungen, die eine Menge von Protokollsätzen ersetzen und auch über nicht, beobachtete Objekte etwas aussagen. Sie sind in allen Stadien der Forschung vorhanden, vor allem aber überwiegen sie in der ’unreifen’ Forschung, wo man nicht in der Lage ist, Aussagen deduktiv zu gewinnen. Aussagen dieser Art bilden das Gros in der heutigen Linguistik: Alle grammatischen und phonologischen Regeln, die gesamte generative Linguistik und der größere Teil der historischen Linguistik bestehen aus empirischen Generalisierungen unterschiedlicher Abstraktionsstufen. Empirische Generalisierungen sind - meistens - gut bestätigte Aussagen, jedoch fehlt ihnen die Anlehnung an eine Theorie. Empirische Generalisierungen sind eigentlich induktiv gewonnene Hypothesen. In der weiterentwickelten Forschung werden Hypothesen auch deduktiv gewonnen, durch Ableitung aus Axiomen oder Gesetzen. Derartige deduktiv gewonnene Aussagen bezeichnet man als eigentliche Hypothesen oder begründete Hypothesen. Ihr Vorteil liegt darin, daß sie in ein System von gültigen Aussagen eingebettet und dadurch selbst gültig sind. Ihr Nachteil ist es, daß sie an der Empirie nicht überpruft sind, und oft ist es schwer. Vernünftige Überprüfungsinstanzen zu finden. Wenn es gelingt, eine derartige Hypothese - verhältnismäßig - gut zu bestätigen, so erhält sie den Status eines Gesetzes. Gesetze sind also begründete, gut bestätigte Hypothesen. Eine empirische Generalisierung kann niemals zum Gesetz werden, es sei denn, es gelingt uns, aus einer Theorie eine Ihr entsprechende Hypothese abzuleiten. In den empirischen Wissenschaften ist dies der üblichste Weg der Forschung: Durch Beobachtungen, die auf dem Hintergrund einer embryonalen, vagen, nichtformalisierten ’Theorie’ durchgeführt werden, gelangt man zu empirischen Generalisierungen, zu denen man dann eine entsprechende Theorie konstruiert. Ohne die Aufstellung von Gesetzen kann man eine Menge von Aussagen kaum als Theorie bezeichnen. Dies ist der Grund, warum man heutzutage noch nicht von der Existenz einer Sprachtheorie, einer Grammatiktheorie usw. sprechen kann. Die meisten Iinguistischen Konzeptionen, auch wenn sie formal sehr kompliziert sind, bestehen aus einer Menge von empirischen Generalisierungen.”